quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Gestão Escolar

TECNOLOGIA

A tecnologia precisa estar presente na sala de aula

Pesquisadora da PUC-SP alerta que o currículo escolar não pode continuar dissociado das novas possibilidades tecnológicas


08/02/2011 11:18
Texto Elisângela Fernandes
Nova-Escola
Foto: Marina Piedade
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"A tecnologia precisa estar à mão para a produção de conhecimento dos alunos à medida que surja a necessidade", diz a professora Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida
Em um mundo cada vez mais globalizado, utilizar as novas tecnologias de forma integrada ao projeto pedagógico é uma maneira de se aproximar da geração que está nos bancos escolares. A opinião é de Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, coordenadora e docente do Programa de Pós-Graduação em Educação: Currículo, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Defensora do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) em sala de aula, Beth Almeida faz uma ressalva: a tecnologia não é um enfeite e o professor precisa compreender em quais situações ela efetivamente ajuda no aprendizado dos alunos. "Sempre pergunto aos que usam a tecnologia em alguma atividade: qual foi a contribuição? O que não poderia ser feito sem a tecnologia? Se ele não consegue identificar claramente, significa que não houve um ganho efetivo", explica.

Nesta entrevista para NOVA ESCOLA, a especialista no uso de novas tecnologias em Educação, formação docente e gestão falou sobre os problemas na formação inicial e continuada dos professores para o uso de TICs e de como integrá-las ao cotidiano escolar.
Para ler, clique nos itens abaixo:
O que é o webcurrículo?
O uso das TICs facilita o interesse dos alunos pelos conteúdos?
Como integrar efetivamente essas tecnologias ao currículo escolar e ao projeto pedagógico?
A ideia do computador como o único acesso às TICs é ultrapassada?
Isso pressupõe um alto investimento, incompatível com a infraestrutura de muitas escolas.
Os telefones celulares já são amplamente acessíveis e oferecem muitas possibilidades didáticas - o trabalho com fotos, filmagens, mensagens e mesmo com a internet -, mas a maioria das escolas prefere proibi-los. Não é uma atitude retrógrada?
E como enfrentar as questões éticas e desenvolver uma postura crítica em relação a essas mídias?
Temos bons exemplos de currículos que já incorporaram a tecnologia?
As pesquisas conseguem demonstrar o impacto do uso das tecnologias no aprendizado dos alunos?
O que é preciso para que a tecnologia seja integrada ao currículo?
Uma recente pesquisa da Fundação Victor Civita (FVC) mostrou que 72% dos entrevistados não se sentem seguros em utilizar computadores na escola. A graduação não forma o professor para lidar com a tecnologia?
Isso explica por que a pesquisa da FVC mostrou que 18% das escolas que têm laboratório de informática não usam o recurso com os alunos?
Há algum trabalho de formação para as TICs sendo feito hoje no país?
O que devem contemplar os cursos de formação de professores? Especialistas dizem que eles devem tratar de atividades ligadas aos conteúdos...
É possível para a escola acompanhar o ritmo de avanço das tecnologias?
O ensino a distância é uma tendência ou apenas uma alternativa?
A ideia de um professor diante de um quadro falando para 30 alunos sentados, ouvindo e anotando em seu caderno tem futuro?