segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Currículo e as novas tecnologias

Ainda hoje, os currículos são vistos como um programa, onde os conteúdos estão organizados de forma sequencial, de acordo com alguns critérios adotados, os quais não contemplam os saberes vivenciados pelos educandos fora dos bancos escolares.
Os currículos são trabalhados em unidades de tempo e com horários pré-estabelecidos. É um modelo disciplinar direcionado para a transmissão de conteúdos específicos, onde a organização segue um tempo rígido, centrado no trabalho individual do docente, devido a falta da organização do espaço de planejamento coletivo com as áreas afins.
É necessário mudar o modelo tradicional de currículo, debatendo com a sociedade, um novo conceito de currículo, para a melhoria da qualidade de ensino nas instituições escolares, promovendo o desenvolvimento do ser em todas as suas potencialidades.
As tecnologias da informação estão promovendo mudanças na produção e organização do conhecimento. A escola, hoje, precisa preparar o educando para adquirir conhecimento em rede, melhorando com isso a qualidade da aprendizagem dos conteúdos propostos nos currículos. Precisa propor modo diferente de pensar e agir; formas diferentes de aprender, de se comunicar, de brincar, já que estes educandos não se concentram em uma única tarefa, em uma única atividade, em uma única rede de relacionamento; as respostas para seus questionamentos são para ontem.
A escola precisa observar os educandos para entender o que fazem, como aprendem e se relacionam com as tecnologias, quais habilidades desenvolvem, para então realizar adaptações curriculares que promovam o aprendizado de forma contínua e para a vida.


       Realmente, a tarefa de educar passou a ser nosso ofício e
desafio, nos dias de hoje. Somos responsáveis por pequenos seres e ao
mesmo tempo, grandes. Sabem de tudo o que está ligado às últimas
mídias, mas ao mesmo tempo não sabem como lidar com tudo isso. Tirar
proveito desse conhecimento e transportá-lo para a vida como ela
realmente é, torna-se uma tarefa difícil, pois querem tudo para ontem
e o importante é estar sabendo das últimas, mas nada aprofundado. E o
amanhã está muito longe. A nós, educadores, temos uma nova fronteira a
desbravar. Como diz Maria Luiza Belloni ( 2001 ), as imagens da mídia
penetram nossa realidade, transformando-a, dando-lhe forma. Segundo
Maria Isabel Orofino ( 2005 ), a escola não escapa da influência da
mídia, mas, ainda assim, é um lugar privilegiado para a construção das
identidades individuais, pois é o lugar onde há o encontro de muitas
culturas dos diferentes alunos, professores, seja a cultura erudita
que nela é ensinada, ou, ainda, a cultura popular da região onde a
escola está inserida. A cada dia que passa, se torna cada vez mais
necessário, a inclusão do educador no mundo midiástico. A compreensão
e o domínio de uma linguagem não se adquirem apenas com as atividades
de leitura, mas com a própria criação.Segundo Paulo Freire: ninguém
estará alfabetizado antes de ser capaz de escrever  a sua própria
história.
Maria Rita e Marieta.